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Armindo "abre o livro" sobre o Vodafone Rally de Portugal

16 maio 2022

Bicampeão do Mundo de Produção. Seis vezes Campeão de Portugal absoluto. Três vitórias no Rally de Portugal. Inúmeros recordes e feitos únicos. Uma referência do desporto nacional. Piloto ACP, Armindo Araújo fala das suas memórias no melhor rali do mundo, que disputa há mais de duas décadas.

O ídolo chamado Marc Duez

“As minhas primeiras memórias vividas do Rally de Portugal, aqueles flashes de miúdo a ver os troços, são do Marc Duez e do BMW M3, quando eu tinha aí uns 11 ou 12 anos. A forma como ele conduzia o BMW, a tração traseira, o carro sempre de lado na terra… são imagens que ainda hoje me despertam muita emoção.”

Um troço especial

“É incontornável: a Lameirinha. Eu ia ver o troço em miúdo de mota, com os meus amigos. Andávamos entre o Confurco e o salto da Pedra Sentada. Muitas recordações nos vêm à cabeça, de carros e ídolos que já passaram por este troço tão bonito. É como se a Natureza tivesse criado aquele local especificamente para um troço de ralis.”

Kit-Car deixou marca

“Fiz o Vodafone Rally de Portugal com diferentes carros, de diferentes eras, mas o carro que marca a minha carreira será sempre o Citroën Saxo Kit-Car. Foi o primeiro protótipo que conduzi, um dos melhores Kit-Cars alguma vez construídos e um carro que não deixa ninguém indiferente, com o qual ganhei o Rally de Portugal duas vezes.”

Paixão que move montanhas… e um Saxo

“A minha estreia absoluta no Rally de Portugal foi naquela famosa edição do dilúvio, em 2001. Chegámos ao troço de Arganil já com muito mau tempo e recordo-me que o Petter Solberg saiu de estrada e ficou atolado. Nessa altura, nós já éramos dos poucos 2 Rodas Motrizes a chegar ali, com o Saxo de troféu, e o Solberg estava a tentar tirar o carro dele, ou seja, tivemos de parar numa subida e a lama era tanta que o Saxo já não subia! O público percebeu que era quase impossível sair dali naquelas condições e dezenas de adeptos saltaram para a estrada para nos ajudar. Levantaram o Saxo em peso e levaram-no subida acima durante vários metros… comigo lá dentro!”

Domar as feras em 2006

“Quando o ACP estava a tentar recolocar o Rally de Portugal no Mundial, em 2006, convidou alguns pilotos internacionais para virem disputar a prova. Em 2005, tinham estado o Hirvonen e o Kankkunen e, no ano seguinte, estiveram o Markko Märtin, o Janne Tuohino, o Patrik Flodin e o Daniel Carlsson, entre outros, todos de Grupo N, como eu. Foi a minha terceira vitória no Rally de Portugal, mas ganhar essa prova, com essa concorrência, foi um momento especial na minha carreira.”

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