O piloto da Toyota conquistou a sua segunda vitória da temporada de forma impressionante, batendo Thierry Neuville, da Hyundai, por 52,7s, após uma série de 13 vitórias consecutivas em etapas do Rally da Estónia.
Kalle Rovanperä conquistou o máximo de pontos depois de vencer a Power Stage, no final do rali, tendo vencido todas as etapas de sábado e domingo, uma façanha que convoca a impressionante vitória de Sebastien Loeb em todas as 12 etapas do Rali da Córsega, em 2005.
O finlandês dilatou a liderança do campeonato, bem como a Toyota. A Hyundai alcançou dois lugares no pódio, com Neuville em 2o e Lappi em 3o.
A vitória de Rovanperä acabou ter uma ajuda ainda antes do início do rali, tudo porque um dos favoritos, Ott Tanak, a correr em casa, teve uma penalização de cinco minutos. Em causa esteve uma falha de motor no shakedown, ainda na quinta-feira, que obrigou a M-Sport a uma mudança de unidade de potência, desencadeando uma penalização.
Confrontado com a desvantagem de começar em primeiro, Rovanperä revelou-se cuidadoso a "varrer" a estrada, mas ainda assim conseguindo assumir a liderança do rali sobre um impressionante Thierry Neuville, logo após a sexta etapa na tarde de sexta-feira. Um dia em que o finlandês terminou com uma margem de 3,0s sobre o belga, que estava determinado a ser um adversário teimoso.
Rovanperä mostrou mais uma vez a sua classe em estradas de "gravel" rápidas, limpando varrendo todas as nove etapas de sábado e assim levar uma vantagem de 34,9s para os quatro troços de domingo.
O líder do campeonato podia dar-se ao luxo de levantar o pé e baixar o ritmo, mas em vez disso manteve a sua condução "devastadora" para conquistar uma vitória memorável, aumentando a sua vantagem sobre o colega de equipa, Elfyn Evans, para 55 pontos, na tabela de pilotos.
Já Thierry Neuville produziu aqui uma das suas melhores exibições em troços "gravel", revelando ao mundo dos ralis que a Hyundai está mesmo apostada em melhorar.
Neuville foi o único piloto capaz de dar luta constante a Rovanperä. Um furo lento no sábado custou-lhe 6,5s, mas teve pouco efeito no resultado geral. Neuville terminou o rali com o quinto melhor tempo na última etapa, depois de perder a potência híbrida.
A Hyundai obteve um duplo pódio graças a Esapekka Lappi, que conseguiu derrotar Elfyn Evans, da Toyota, após uma emocionante luta de dois dias pelo último lugar do pódio.
Lappi foi prejudicado por uma perda de potência híbrida na sexta-feira, na sequência de uma forte aterragem de um salto na segunda etapa. O problema fez Lappi cair brevemente para quarto, atrás de Evans, mas uma série de tempos rápidos ajudou Lappi a recuperar a posição na sétima etapa.
Os dois envolveram-se numa luta intensa que diminuiu e depois aumentou distâncias entre os dois até que a diferença diminuiu para apenas 0,7s. Mas Lappi daria a estocada final e conseguiu ficar em terceiro a 7,3s de Evans.
Registe-se a prestação do terceiro Hyundai de fábrica, guiado por Teemu Suninen, estreante no Rally1, que impressionou na sua primeira prova, fazendo uma corrida sem falhas até ao quinto lugar, a 2m21,1s de distância.
Takamoto Katsuta, da Toyota, lutou durante todo o evento. O japonês sobreviveu a um breve susto, quando o seu carro perdeu potência no sábado, para conquistar o sexto lugar a Pierre-Louis Loubet, da M-Sport Ford, a caminho da última etapa. Loubet lutou na Power Stage para recuperar o sexto lugar por 0,3s.
Com uma pesada penalização, Tanak conseguiu vencer seis das primeiras oito etapas, o que teria resultado numa vantagem de 13,0s sobre Rovanpera, caso não tivesse recebido a sanção. Mas Tanak não conseguiu repetir o ritmo de sábado e de domingo, terminando a o Rally da Estónia em oitavo, depois de ter começado a prova na 48ª posição.
Andreas Mikkelsen venceu no WRC2 com uma margem de 9,7s sobre Sami Pajari, tendo a dupla completado o top 10. Mikkelsen assumiu a liderança do WRC2 na quinta etapa, depois do líder Oliver Solberg se ter retirado com a suspensão partida.