O construtor sul-coreano voltou ao Campeonato do Mundo de Ralis e desta vez garante que o seu envolvimento é duradouro e para ganhar. Para isso, criou um programa de desenvolvimento do Hyundai i20 WRC, que começou no final de 2011, para iniciar a competição neste ano.
A Hyundai tem de bater adversários com palmarés invejáveis na história dos ralis, como é a Citroën, uma formação muito experiente e capaz, como é a M-Sport (que compete com os Ford) ou os atuais campeões do Mundo de pilotos e construtores, a Volkswagen.
Para estar à altura do desafio, a marca estabeleceu o seu departamento de competição – a Hyundai Motorsport – em Alzenau, na Alemanha, contratou técnicos e engenheiros com um enorme conhecimento da modalidade, entre os quais dois portugueses, um piloto com muito talento e ambição para fazer toda a temporada, Thierry Neuville, e mais quatro pilotos para ajudarem no desenvolvimento do Hyundai i20 WRC, Dani Sordo, Juho Hanninen, Chris Atkinson e Hayden Paddon.
O envolvimento da Hyundai no WRC é de tal forma sério que a marca não olhou a meios para concretizar este projeto desportivo. A sede, na Alemanha, tem infraestruturas que ocupam 8200 m2 e conta com mais de 100 pessoas provenientes de 22 países.
Nos ralis, a presença da Hyundai não passa despercebida. Em primeiro lugar, pela competitividade já demonstrada pelo i20 WRC e pelos seus pilotos. Em segundo, pela área que a equipa ocupa com um imponente edifício com dois pisos e 450 m2. Construído em Espanha, tem um espaço para os técnicos fazerem a assistência dos carros de prova, outro para receber convidados e um para os adeptos assistirem a tudo sem estarem preocupados com as condições meteorológicas. No total, são necessários nove camiões para transportar a estrutura e uma equipa de 12 pessoas que demora seis dias a erguê-la e três dias a arrumar tudo.
Com uma passagem pouco feliz pelo campeonato do Mundo de ralis no passado, a Hyundai decidiu regressar à categoria máxima da modalidade com o objectivo de ser bem-sucedida e ganhar. Por isso, investiu bastante e garante que está nos ralis a longo termo.
O projecto começou há bem mais de um ano. Depois da administração do construtor coreano dar o aval à ideia, o passo seguinte foi contratar um responsável. Michel Nandan, conceituado técnico que passou por inúmeras equipas, como a Peugeot, assumiu o comando das operações. A Hyundai criou a sua base em Alzenau, e construiu infraestruturas com 8200 m2 onde trabalham mais de 100 pessoas provenientes de 22 países. Entre os técnicos estão dois portugueses, Orlando Lourenço e Nuno Cardoso. Ambos têm no curriculum a conquista de vários títulos portugueses com a equipa da Peugeot Sport Portugal.
Com as condições criadas, a equipa começou a desenvolver o Hyundai i20 WRC. A formação asiática contratou vários pilotos para fazerem esse trabalho, mas no final de 2012 foi buscar o vice-campeão do Mundo à M-Sport, Thierry Neuville, que não só passou a ter a responsabilidade de testar o carro como de fazer o programa competitivo completo com a presença nos 13 ralis de 2014. Para além do belga, a Hyundai recorreu aos serviços de Dani Sordo, Juho Hanninen, Chris Atkinson e Hayden Paddon.
A sua estreia foi no primeiro evento do ano, o Rali de Monte Carlo. No Vodafone Rally de Portugal, a Hyundai inscreveu, pela primeira vez, três carros – Neuville, Hanninen e Sordo – e obteve as primeiras vitórias em especiais.
No parque de assistência, a presença do construtor asiático não passa despercebida. A equipa tem um edifício com 450 m2 com espaço abrigado para os técnicos fazerem a assistência aos i20 WRC, uma área também protegida para o público poder assistir ao trabalho da formação com todo o conforto e uma outra zona reservada para convidados.
Esta estrutura foi construída em Espanha e precisa de nove camiões para ser transportada. Uma equipa de 12 pessoas demora seis dias a erguê-la e mais três para arrumar tudo.