Um desfecho inacreditável, mas que voltou a acontecer numa Power Stage. Depois de ter marcado a diferença no 2º dia de prova, onde praticamente garantiu o triunfo, Tanak foi traído pela direção do seu Toyota Yaris, logo no início do derradeiro troço do Rali de Itália. O piloto estónio passa de primeiro para 5º classificado na prova, mas, apesar de tudo, salta para a liderança do WRC 2019. E como os ralis só acabam mesmo no fim, Dani Sordo herdou a vitória, Mikkelsen, que dominou o derradeiro dia de prova alcança o 3º lugar, atrás de um eficiente Suninen em Ford Fiesta, numa excelente colheita de pontos para a Hyundai que reforça o comando entre os construtores.
Nem Tanak nem a Toyota pensavam num desfecho destes. Tommy Makinen, o responsável pela Toyota Gazoo Racing, estava naturalmente desapontado, sem ter explicações concretas para o problema que afetou o Yaris, numa altura em que todos só pensavam nos pontos extra da Power Stage. Aqui Mikkelsen voltou a ser o mais forte, somando os cinco pontos extra referentes à vitória no troço, mas alcançando também o 3º lugar do pódio, batendo Elfyn Evans por 9 décimas de segundo. Se ontem foi o dia de Tanak com um pleno de vitórias em especiais, hoje foi o dia Mikkelsen com 4 vitórias em 4 troços. Quanto a Dani Sordo, o comandante do rali no final do primeiro dia, herdou uma vitória impensável, mas muito saborosa.
Num pódio com dois Hyundai e um Ford, Sordo sobe quase por milagre ao lugar mais alto, enquanto o jovem Suninen leva o Fiesta da M-sport ao 2º lugar, numa exibição de luxo, que termina a apenas 13,7 segundos de diferença do vencedor. Neste duelo pelo pódio, a Hyundai volta a ser mais feliz, com Mikkelsen a terminar a 32,6 segundos de Sordo batendo no derradeiro troço Elfyn Evans que terminou em 4º lugar a escassas 9 décimas de segundo. A 5ª posição acabou por ser para o azarado Ott Tanak, que acaba por ficar a 1m30,1 do vencedor, mas com estes pontos conquistados, passa a liderar o campeonato de pilotos.
Este não foi o rali ideal para Thierry Neuville, que termina a prova italiana no 6º lugar da geral a 2m06,7 de Sordo, mas com as pretensões intactas em chegar ao título de 2019. Esapekka Lappi foi o melhor dos Citroen, depois de Ogier ter hipotecado uma boa pontuação logo no primeiro dia, colocando o C3 na 7ª posição, à frente de um desinspirado Kris Meeke que viria a terminar no 8º lugar. Nos pontos extra da Power Stage, para além dos 5 conquistados por Mikkelsen, Ogier viria a ser o 2º mais rápido, seguido por Neuville, Latvala e Evans.
Na categoria WRC 2 só deu Skoda. Kalle Rovanpera alcançou mais uma expressiva vitória à frente de Jan Kopecky que ficou a 24,6 segundos do seu colega de equipa, num domínio total na nova categoria Pro, que conta com a última evolução dos Skoda Fabia R5. Mas entre o enorme lote de concorrentes na categoria WRC 2, a vitória “não Pro”, coube a outro Skoda Fabia R5, tripulado por Pierre-Louis Loubet.
Depois do Rali da Sardenha, as contas do WRC estão cada vez mais apertadas. Ott Tanak salta para a liderança do campeonato com 150 pontos, seguido por Sébastien Ogier com 146 e por Thierry Neuville com 143. Depois destes eternos candidatos ao título, Elfyn Evans é o 4º classificado com 78 pontos, seguido pelo seu colega da M-Sport Ford, Teemu Suninen com 62 pontos, por Kris Meeke com 60, Andreas Mikkelsen com 56 e agora pelo vencedor do Rali de Itália, Dani sordo que totaliza 52 pontos. Entre os construtores a Hyundai reforça a liderança com 242 pontos, perante a Toyota que totaliza 198 pontos. A Citroen está no 3º lugar cm 170 pontos, seguida pela M-Sport Ford com 152. A próxima prova do WRC 2019 será o Rali da Finlândia entre 1 e 4 de agosto.