Para os pilotos, o primeiro dia do Vodafone Rally de Portugal 2019 arrancou esta terça-feira, com o reconhecimento das classificativas da região de Arganil e ainda do shakedown e da Super Especial de Lousada.
Na generalidade, as apreciações foram bastante positivas, deixando entender que a primeira etapa, na próxima sexta feira, poderá cavar diferenças importantes. Tanto a dureza do piso como o pó, face à previsão de tempo seco, não deixaram de ser referidas como fatores relevantes.
Elfyn Evans, o galês que assume o estatuto de número um da equipa M-Sport Ford World Rally Team, gostou do que viu: “As novas classificativas parecem ser bastante boas e será interessante ver como vai ser o desenvolvimento em prova. Podem ser um pouco duras em algumas secções mas, no geral, são bastante agradáveis. Não são uma surpresa, são muito típicas de Portugal”. Em relação à prova, adiantou: “É um Rally tipicamente duro e parece que vai estar bastante calor, pelo que a escolha dos pneus pode vir a ser muito interessante.”
O recente vencedor do Rali do Chile e agora segundo classificado no Mundial, Ott Tänak, reconhece que as novas classificativas superam em dureza as anteriores disputadas na região do Minho.
“De um modo geral, gostei muito das classificativas do primeiro dia, embora as disputadas antes no Norte fossem um pouco mais macias, pois estas agora são um pouco mais duras. A região de Arganil tem troços que nos obrigam a outro ritmo, para conseguirmos ‘sobreviver’ e sair de lá”, disse o piloto da Toyota, acrescentando: “Claro que estou confiante. Gosto do Rally de Portugal e tenho a certeza que poderei ser forte. No primeiro dia terei, com o tempo seco, quer fazer tudo para não perder muito tempo. Vou dar o máximo, para não hipotecar as possibilidades de discutir a vitória.”
Já recuperado das contusões resultantes do acidente sofrido no Rali do Chile, que deixou o Hyundai i20 parcialmente destruído [“fisicamente já estou a 100% e não podia esperar encontrar-me mais forte”], Thierry Neuville revela otimismo:
“Vamos tentar vencer o Rally. No primeiro dia andaremos a limpar a estrada, pois somos os terceiros a passar. Será um pouco melhor em relação ao Ogier e ao Tänak, mas a questão é que lá para trás há muitos pilotos bons. Não vai ser fácil, mas espero que corra tudo bem.”
Quando ao primeiro dia de reconhecimentos, opinou: “As ‘especiais’ de Arganil são bonitas, um pouco diferentes das anteriores, na região Norte, mas pelo menos são algo de novo que nos obrigam a ter boas ‘notas’.”
Kris Meeke, o vencedor da prova portuguesa em 2016, alerta para o pó na primeira etapa.
“As classificativas em Arganil parecem muito secas e poeirentas. Há muita terra solta, pelo que vai ser difícil para os carros da frente. É bom haver novidades, mas é necessário haver um grande intervalo de tempo entre concorrentes, porque vai haver muita poeira a pairar durante a manhã.”
Depois, o piloto da Toyota falou sobre os seus objetivos nesta edição do Vodafone Rally de Portugal: “Quanto ao Rally, não sei o que esperar, por isso é chamado desporto. Vamos, seguramente, tentar o nosso melhor e vamos ver o que conseguimos.”