A perseverança e estratégia deram bons frutos a Thierry Neuville no Rally da Sardenha. O piloto da Hyundai manteve sempre elevados níveis de concentração para assinar a segunda vitória consecutiva. Uma estreia para o belga que nunca antes tinha subido ao mais alto do pódio por duas vezes consecutivas, muito menos tinha conseguido um resultado de monta após a conquista da liderança do Campeonato do Mundo.
Neuville tirou bom partido do erro de Sébastien Ogier ao final da manhã de sábado para recuperar terreno de forma implacável e pressionar fortemente o francês.
O que ninguém esperava é que a estratégia desse frutos, dada a reconhecida frieza do piloto da M-Sport, mas a verdade é que pela primeira vez desde que se estreou a vencer o Campeonato do Mundo de Ralis em 2013 o francês não recuperou de imediato a liderança após a perder e acabou mesmo por ver o rival afastar-se um pouco mais na tabela pontual.
E tudo se deu ao cair do pano, com o Campeão em título a perder a liderança no Power Stage, onde se ficou pelo segundo posto a 0,22s de Neuville, o que no final se traduziu no intermédio do pódio a meros 0,7s da vitória.
Atrás deles, e sem qualquer hipóteses de chegar às duas primeiras posições, terminou Esapekka Lappi. O finlandês da Toyota, que em Portugal foi quinto, ascendeu ao mais baixo do pódio ao final de sexta-feira, após problemas mecânicos do colega de equipa e compatriota Jari-Matti Latvala, e não mais perdeu a posição. Aliás, o finlandês acabou mesmo por conseguir aumentar um pouco a vantagem sobre Hayden Paddon (Hyundai) que, depois de aparatoso acidente que o fez terminar o Rally de Portugal mais cedo, repetiu o melhor resultado do ano conseguido na Suécia ao terminar no quinto lugar.
Mads Østberg (Citroën), Craig Breen (Citroën), Latvala, Jan Kpecky (Skoda), Ott Tänak (Toyota) e Teemu Suninen (Ford) foram os restantes nomes do Top 10.