Muito embora às equipas dos construtores envolvidos no Mundial, e ao contrário do que sucedia noutros tempos, não seja permitido o uso de helicópteros, nem por isso eles deixam de ser vistos no ar durante a edição 2016 do Vodafone Rally de Portugal. Há nada menos que dez inscritos – é obrigatório esse procedimento, por questões de segurança e não só… – na prova e ao utilizado pela RTP, proveniente de Espanha, para a captação de imagens e ainda ao sanitário, alugado em França pela organização do rali, equipado para qualquer evacuação de emergência, juntam-se mais oito. Estes destinam-se ao transporte de convidados da organização (Automóvel Clube de Portugal) e também das marcas envolvidas, como a Hyundai, entre outras.
O movimento de tantos aparelhos com diferentes funções no decurso do rali obriga a uma planificação prévia, cuja logística é coordenada por Filipe Patacho, ex-comandante da TAP. Foi, inclusive, reservado espaço aéreo nas classificativas junto da ANAC (Autoridade Nacional da Aviação Civil) e solicitadas autorizações à Força Aérea para a captação de imagens (aéreas), de modo a salvaguardar a legalidade dos dois drones que vão ser operados pela empresa promotora do WRC.
Aliás, se os pilotos dos carros participantes neste Vodafone Rally de Portugal dispõem de um road-book com todas as indicações relativas ao percurso oficial que têm de cumprir, no caso dos helicópteros foi elaborado um documento com coordenadas da localização dos hospitais (Matosinhos, Viana do Castelo, Penafiel, Guimarães e Braga), por exemplo, mas não só. Há também, em cada classificativa, indicações de possíveis pontos de aterragens de emergência, aproveitando-se, em muitos casos, os campos de futebol locais.
A base dos helicópteros que se encontram ao serviço do rali está localizada no aeródromo de Vilar de Luz, na Maia, mas os aparelhos não deixam de aterrar, quando necessário, num espaço aberto junto ao hotel localizado nas imediações da Exponor.