Cumprida a primeira ronda pelas classificativas minhotas de Ponte de Lima, Caminha e Viana do Castelo do Vodafone Rally de Portugal, Kris Meeke, no Citroen DS3 WRC do Abu Dhabi Total World Rally Team, chega ao Parque de Assistência, na Exponor, com um pecúlio de 11,5 segundos face ao VW Polo R WRC de Sébastien Ogier. O piloto britânico, cuja equipa não participa na totalidade das provas deste Mundial 2016, tem sido uma agradável surpresa, depois de ter ganho as duas primeiras “especiais”, somando ainda mais um segundo lugar. Quarto classificado na edição transacta do rally português, Meeke deixou, até agora, para trás tanto os VW como os Hyundai, apontados como os principais favoritos ao triunfo nesta quinta etapa do Mundial, prometendo, no mínimo, dar-lhes luta até ao fim.
Ogier, mesmo com a reconhecida desvantagem de ser o primeiro na estrada, “limpando-a” para os adversários que passam algum tempo depois, tem estado igual a si próprio, muito rápido e consistente, o que lhe permitiu minimizar o prejuízo (11,5s). E a concorrência, também por diversas razões, não conseguiu tirar partido do seu posicionamento mais favorável. Dani Sordo queixou-se de uma pedra no meio da estrada numa curva rápida em Caminha, Jari-Matti Latvala da afinação do seu Polo, Hayden Paddon, o vencedor do Rali da Argentina, de problemas ao nível do diferencial do Hyundai, e Mads Ostberg da caixa de velocidades do Fiesta.
Mas com os pisos de terra das classificativas minhotas a sofrer uma degradação natural resultante da passagem dos restantes concorrentes, é provável que Ogier, até à hora de os carros evoluírem na Porto Street Stage, veja a concorrência aproximar-se ainda mais durante a segunda secção. E Kris Meeke, o líder deste Vodafone Rally de Portugal, não tem nada a perder, até porque o seu campeonato esta época consiste em mostrar “serviço”, inclusive na evolução e desenvolvimento do novo carro da Citroen para 2017, e não garantir resultados para somar pontos…