Ott Tänak (Hyundai) e Sébastien Ogier (Toyota) protagonizaram um duelo emocionante pela vitoria no Rali de Itália – Sardenha, que acabou favorável ao estónio por 0,2s. Furo de Ogier nos derradeiros quilómetros da Power Stage originou a margem de vitória mais curta da história do WRC, em igualdade com o Rali da Jordânia de 2011.
Tal como no Vodafone Rally de Portugal, a sexta prova do Campeonato do Mundo FIA de Ralis voltou a opor Sébastien Ogier (Toyota Gazoo Racing) e Ott Tänak (Hyundai Shell Mobis) na luta pela vitória, com ambos a alternarem no primeiro lugar durante a etapa de sábado.
Ogier, que liderou o rali em 12 das 16 classificativas da prova italiana, parecia estar a caminho do seu terceiro triunfo consecutivo esta época, aplicando a mesma fórmula implacável de “rapidez vs gestão” vista em Portugal e em tantas outras ocasiões na sua carreira. O francês da Toyota entrou para a curta Power Stage de 7,10 km com 6,2s de vantagem sobre Tänak, mas um furo já nos derradeiros quilómetros do rali deixou o oito vezes campeão do Mundo no segundo lugar… a escassos 0,2s de Tänak! Foi a margem de vitória mais curta de sempre da história cinquentenária do Mundial de Ralis, em igualdade com a diferença registada no Rali da Jordânia de 2011, onde Ogier bateu Jari-Matti Latvala.
Com estes resultados, e com a saída de estrada de Thierry Neuville (Hyundai Shell Mobis) na etapa de sábado, Tänak ficou a 18 pontos do belga no campeonato e com os mesmos 104 pontos de Elfyn Evans (Toyota Gazoo Racing).
“Pelo lado emocional, claro que é bom (ganhar aqui), mas também tenho muita pena do Séb. É cruel perder uma vitória assim e estive exatamente na mesma posição há uns anos”, afirmou Tänak, que em 2019, nesta mesma especial, perdeu a vitória na Sardenha devido a um problema de direção assistida. Agora, o estónio venceu pela primeira vez desde o Rali do Chile, em outubro do ano passado.
Golpe de teatro
Ironicamente, Ogier até tinha elogiado a evolução dos Pirelli para esta época, depois de no passado ter sido um crítico feroz da qualidade dos pneus italianos. O francês falhou, por muito pouco, mais uma vitória impressionante nesta época a part-time no WRC. Atrás do francês, o veterano Dani Sordo deu mais um pódio à Hyundai, que, no entanto, viu Neuville voltar a incorrer num erro comprometedor, ao abandonar na etapa de sábado, quando era terceiro, devido a uma saída de estrada na PE 8.
Na luta pelo título, Evans também aproveitou para se aproximar de Neuville, embora o galês da Toyota não tenha ido além do quarto lugar, depois de ter sido sexto em Portugal. Seguiram-se Grégoire Munster (Ford M-Sport) e o melhor do WRC2, Sami Pajari, que deu o segundo triunfo consecutivo ao Rally2 da Toyota. Atrás do jovem finlandês no WRC2 terminaram Yohan Rossel (Citroën) e Jan Solans (Toyota), enquanto o paraguaio Diego Domínguez (Ford) voltou a vencer no WRC3 e também no Júnior WRC.