Depois de ver o Vodafone Rally de Portugal e todos aqueles carros guiados de uma forma exímia, provavelmente ter-se-á questionado sobre os custos destas máquinas e, eventualmente, se um dia quisesse também fazer parte da prova, será que isso seria possível? Pois bem, a resposta é simples: claro que pode participar, é tudo uma questão de dinheiro (ou quase)! Nesta equação só não se entra em linha de conta, com os requisitos próprios, para a emissão da licença desportiva por parte da entidade federativa, como as capacidades de condução para, na realidade, tirar todo o partido das potencialidades de carros e equipas competitivas, como as que participam no campeonato do Mundo, nas categorias WRC1 e WRC2.
Se quiser dar o primeiro passo (que não é pequeno, mas exequível) de conduzir um Skoda Fabia WRC2 da equipa Toksport numa prova do Mundial, como foi o Rali de Portugal, com um total de 1319 quilómetros de percurso, saiba que lhe pedem cerca de 100 euros por cada quilómetro. Ou seja, feitas as contas, um rali destes ficará por cerca de 130 mil euros… sem envolver despesas com os 26 pneus que poderá usar (a 372 euros cada, mais IVA), nem a inscrição na prova que é de 5.000 euros.
Depois, se se achar com força para “dar o salto” para os mais performantes WRC1, como são os Ford Puma, os Toyota Yaris GR ou os Hyundai i20 oficiais, saiba que também o pode fazer, como já aconteceu esta época com um piloto grego e um italiano. No entanto, os valores são muito superiores, porque o preço dos carros também é completamente diferente. Enquanto um WRC2 custará cerca de 300 mil euros, fala-se que um WRC1 chegará perto de um milhão de euros. Os valores certos não são conhecidos, especulando-se que 500 mil euros chega a ser o valor pedido para guiar um dos 10 carros existentes. Mais fiável é apontar para números na ordem dos 300 mil euros para disputar um Rali de Portugal, como avança uma fonte ligada a uma destas três equipas oficiais.