Extensas praias de areia branca, águas frescas e cristalinas, ares limpos e suaves: é plenamente compreensível associar Figueira da Foz a uma estância balnear de excelência – as razões são plausíveis, uma vez que atualmente é um dos destinos mais procurados para umas férias próximas do sol e do mar. No entanto, esta terra do Distrito de Coimbra usa a sua privilegiada posição geográfica para dar luz ao vasto património histórico e cultural. O calor por estas regiões não é somente atmosférico, mas também humano: uma qualidade que convida a conhecer a hospitalidade destas gentes e experimentar a famosa gastronomia.
Quem melhor conhece os segredos desta cidade confirma que se trata de um tesouro com vistas e atividades para todos os gostos: praias urbanas e semisselvagens, esplanadas e restaurantes à beira-mar, longos paredões destinados a passeios perto da natureza, espetáculos culturais e animação noturnas. Aqui, o areal cresce sem mesura, a água cria uma ponte entre o Atlântico e o Mondego, as identidades preservam-se. E vivem-se.
O que comer?
Sabores apurados pelo saber de uma longa tradição. Em Figueira da Foz, a comida baseia-se num elemento comum, e altamente predominante, na vida de cada figueirense: o mar. Escusado será dizer que o peixe e o marisco fresco são as propostas mais tentadoras à mesa, principalmente porque não há barreiras na confeção, desde as formas mais tradicionais às mais modernas. Para acompanhar o peixe, há uma ampla variedade de produtos agrícolas maioritariamente regados pelos Mondego – portanto, sabe que está a comer um prato autêntico e criado nesta terra pelas mãos de quem sabe nela trabalhar.
A doçaria não deixa de ser um aspeto apelativo, e se estiver de férias ainda mais. É inevitável não referir as Papas de Moado, um doce com sangue de porco – sim, leio bem – que se fazia para as principais festas e romarias do ano.
São precisas muitas horas de trabalho: desde logo porque se deve mexer de forma ininterrupta o preparado de farinha e sangue ao lume.
Depois, adicionam-se o açúcar, as especiarias e os frutos secos. Verte-se em pequenas doses e decora-se com canela em pó. Idealmente guardado para dias frio, devido à carga calórica, é uma sobremesa que não deve passar despercebida.
O que fazer?
- Pelo mar
O vento faz parte de Figueira da Foz e, por mais impertinente que seja, o importante é saber aproveitá-lo. Uma aula de stand-up paddle (SUP) é a opção ideal para fazer algo diferente e fugir à rotina. Cada aula tem a duração de 90 minutos e é composta por três momentos, aquecimento, explicação e execução, que são devidamente acompanhados por um instrutor, que não só cobre os aspetos técnicos mais importantes deste desporto, como está presente no momento em que se soube à prancha.
- Pela terra
A Serra da Boa Viagem é um ecossistema que existe por si só. Com cerca de 258 metros de altura, é ocupada por um extenso Parque Florestal e está munida de áreas de lazer, parques infantis e equipamentos que permitem a realização de circuitos de manutenção. Se subirmos ao Miradouro da Vela, podemos encontrar a Ilha da Morraceira, a geometria das salinas do estuário do Mondego e o desenho da enseada de Buarcos e São Julião. Há aqui várias apostas para partir à descoberta da riqueza florestal e geomorfológica da região.
Saia da rotina e vá fazer Stand-up Paddle
As impressionantes vistas da Serra da Boa Viagem
Um dia na Figueira da Foz