Sem as restrições do ano passado e com a promessa de bom tempo para o fim de semana, a segurança de pilotos e público volta a ser a grande prioridade da organização do maior evento desportivo em Portugal, e também da GNR, que disponibilizou 2.800 efetivos para acompanhar a prova no terreno, entre quinta-feira e domingo.
“Segurança, segurança, segurança”. Estas são as palavras de ordem de Horácio Rodrigues, o diretor do Vodafone Rally de Portugal, a poucas horas da prova sair para a estrada.
“O apelo que faço é no sentido de o público respeitar sempre, mas sempre, as zonas espetáculo. Não se coloquem em zonas perigosas porque uma atitude menos previdente de meia dúzia de espetadores pode ser o suficiente para os responsáveis da FIA porem em causa a prova e estragarem o espetáculo aos milhares de outros apaixonados, muitos deles vindos de longe. Passamos um ano inteiro na estrada e deitar tudo abaixo seria muito triste", reforça o diretor da prova portuguesa.
Horácio Rodrigues agradeceu o apoio fundamental da GNR, que ao longo dos próximos quatros dias, entre quinta-feira e domingo, colocará no terreno um efetivo composto por cerca de 2.800 operacionais, para uma média diária de 700 militares, envolvendo 782 veículos de seis comandos territoriais.
“A GNR vai procurar atuar de forma preventiva, estando preparada para garantir a segurança dos espetadores e dos pilotos, mas também para assegurar a fluidez de trânsito nas várias classificativas do rali", garante o tenente-coronel João Fonseca.
“Convém não esquecer que este é o maior evento desportivo em Portugal, sendo expectável uma presença massiva de portugueses, mas também de muitos estrangeiros. Dada a concentração de público nas zonas onde o espetáculo irá decorrer, teremos de estabelecer perímetros de trânsito condicionado, não só nos locais, mas também nas regiões circundantes”, acrescentou.
Por sua vez, o major Francisco Martins, oficial de relações públicas do Comando Territorial do Porto, pediu que se sigam os exemplos dos anos anteriores, deixando alguns conselhos a todos os que pretendem deslocar-se às classificativas.
“Nos anos anteriores, sempre demos o exemplo, com um comportamento que honrou todos os portugueses. Este ano não será diferente. No entanto, não convém facilitar e recordamos que zonas que não estejam delimitadas são zonas proibidas. É importante que as pessoas se dirijam às zonas pretendidas com a devida antecedência. Os militares da Guarda estão lá para informar e ajudar e pedimos que respeitem as instruções que estes possam dar”.
Face às temperaturas elevadas que são esperadas para os dias da prova, é também importante recordar que “qualquer descuido pode provocar um incêndio de consequências imprevisíveis, até para o desenrolar da prova. Cuidem, também, do ambiente e deixem o lixo nos locais devidos", apelou.
De olho na luz dos novos carros híbridos
Numa edição que poderá ser histórica também pelo número de pessoas que estará no terreno a assistir ao rali, Horácio Rodrigues volta a dar ênfase à segurança e ao estrito cumprimento de todas as normas: “É essencial que respeitem ao máximo as Zonas Espetáculo e que não fiquem em zonas perigosas. Basta estar uma pessoa num sítio perigoso e o diretor da FIA, que passa meia hora antes do primeiro concorrente, liga-me e diz que esta especial não tem condições de segurança. Que não ponham em causa o rali”, reforçou o diretor do Vodafone Rally de Portugal, antes de lembrar as questões que agora se colocam com a geração híbrida do WRC.
“Já não podemos ter o voluntarismo que tínhamos no passado e tentar ajudar um piloto a pôr um carro de volta no troço. O manuseamento de um automóvel deste tipo implica agora cuidados adicionais e depende da luz de aviso que estiver acesa. Se a luz for verde, não representa perigo e está tudo normal, mas se for vermelha não lhe podemos mesmo tocar”, avisou.
Face a este novo contexto, a organização tem providenciado formação a todos os envolvidos, incluindo a GNR, sobre todos os procedimentos a tomar nestas situações.