Os 18,16 quilómetros do troço de Mortágua, último antes da super especial de Lousada e do cair do pano sobre o primeiro dia do Vodafone Rally de Portugal, foram pródigos em acontecimentos e deles emergiu um novo líder: Ott Tanak (Hyundai).
Thierry Neuville, até então sempre bem posicionado para discutir a vitória, perdeu todas as hipóteses de repetir o sucesso conquistado em 2018 na prova portuguesa do Mundial ao bater forte na parte final desta classificativa, danificando seriamente a suspensão traseira do Hyundai. Ao perder aí 3 minutos e meio, o belga passava a ser uma carta fora do baralho e de forma involuntária ainda atrasou Elfyn Evans (Toyota), um dos grandes rivais na discussão dos primeiros lugares, obrigado-o a levantar o pé perante a falta de visibilidade provocada pelo pó levantado pelo seu carro. Mas o azar do galês foi anulado, e muito bem, pela direção do rali, que atendendo ao sucedido decidiu atribuir-lhe o mesmo tempo de Ogier, piloto mais rápido nesta classificativa, o que significou fazer subir o piloto da Toyota ao segundo lugar, a 2.7s de Tanak.
Contudo, o drama estendia-se, ainda, a outro piloto da Hyundai que era, até à entrada de Mortágua, o líder da prova: Dani Sordo. Primeiro, teve problemas de motor e depois os seus pneus [duros] estavam já demasiado gastos, pelo que se viu impotente para manter a concorrência à distância.
Deste modo, Sébastien Ogier acabou o dia, apesar de ser o primeiro a “abrir” a estrada, a perder menos tempo do que alguma vez poderia imaginar: 22.7s.
No que toca aos portugueses, Armindo Araújo (Skoda) não deixava créditos por mãos alheios, conservando, antes da chegada à pista de Lousada, uma margem de 12,6s sobre Bernardo Sousa (Skoda), com Ricardo Teodósio (Skoda) já a 1m21.7 do primeiro lugar e Bruno Magalhães (Hyundai) a 1.47.9