Aquela que promete ser uma das temporadas mais emocionantes da história do Campeonato do Mundo de Ralis vê entrar em cena, este fim de semana, a 54ª edição do Vodafone Rally de Portugal.
A quarta ronda do calendário é marcada por grandes duelos esperados nas várias categorias, mas as atenções principais centram-se na disputa pela liderança do Campeonato de Pilotos, onde 22 pontos separam os cinco primeiros classificados.
Sébastien Ogier, atual sete vezes Campeão do Mundo de Ralis, assegurou o seu último título em 2020, ano em que a prova portuguesa foi cancelada devido à crise provocada pela Covid-19. O piloto francês completou os reconhecimentos das 20 especiais de classificação e apresenta-se na cerimónia de partida em Coimbra, na quinta-feira à noite, com oito pontos de vantagem no campeonato, graças a uma vitória sofrida na terceira prova da época, na Croácia.
Ogier venceu em Portugal em 2010 (a sua primeira vitória no WRC), 2011, 2013, 2014 e 2017 e um triunfo no domingo significaria ultrapassar o finlandês Markku Alén, piloto com quem partilha o recorde de cinco vitórias em Portugal. Com previsões meteorológicas de sol e tempo quente para grande parte do fim de semana, as posições de partida na estada podem tornar-se um fator decisivo devido ao pó e Ogier sabe que não vai ser fácil alcançar a cobiçada sexta vitória.
O piloto da Toyota afirmou: “É fantástico estar de volta a Portugal. Para mim, é um dos ralis mais especiais. Sabemos que ao abrirmos a estrada vamos encontrar condições difíceis. Não tenho ainda muitos quilómetros com os novos pneus de terra da Pirelli (Scorpion KX) em condições de piso seco e sabemos que uma boa escolha e gestão dos pneus serão uma parte importante deste rali.”
A Toyota Gazoo Racing WRT tem atualmente vantagem sobre a Hyundai Shell Mobis WRT na luta pelo título de Construtores. Apenas 27 pontos separam as duas equipas, mas a Toyota está confiante em poder ampliar essa diferença, contando para isso do seu lado com um Elfyn Evans em forma e com o jovem Kalle Rovanperä, ambos na luta pelo título de pilotos.
Na Croácia, uma saída larga numa curva durante a última especial terá custado a vitória a Evans, com o galês a estar agora a 10 pontos de Ogier na entrada para a ronda portuguesa. “Já passou algum tempo desde o meu último rali em terra, na Sardenha, na época passada”, afirmou Evans. “Por isso, é difícil prever como será.”
Rovanperä mostrou-se em plena forma no Monte-Carlo e no Rali do Ártico, onde acabou em quarto e segundo, respetivamente, mas um abandono na Croácia fê-lo cair para quinto da classificação geral. Para reverter essa posição, o piloto irá certamente inspirar-se na grande prestação que o levou ao sexto lugar da geral na edição de 2019 da prova portuguesa, na altura disputada ao volante de um Skoda inscrito na categoria WRC2 Pro.
O pacote aerodinâmico do Yaris WRC foi atualizado após a Croácia e um novo motor introduzido para Portugal, com melhorias ao nível da potência e fiabilidade. O japonês Takamoto Katsuta vai conduzir um quarto carro como parte do programa de desenvolvimento em curso da Toyota Gazoo Racing WRT.
O atual diretor desportivo Jari-Matti Latvala era piloto da equipa quando a comitiva do WRC visitou pela última vez o Norte de Portugal, em 2019, edição que terminou em sétimo da geral.
Tendo em conta a sua experiência como piloto, o finlandês comentou: “Depois do nosso bom resultado no asfalto na Croácia, estamos prontos para o primeiro de uma sequência de ralis em terra. Nesta prova, a terra solta na superfície das especiais pode tornar os troços mais escorregadios para os primeiros carros da manhã. Na parte da tarde, o grip é mais elevado, mas também pode ser demasiado agressivo e temos visto o quão desafiante estas condições se podem revelar para os carros e para os pneus.”
Por sua vez, na Hyundai, Thierry Neuville não conseguiu apanhar Ogier nos derradeiros quilómetros da Croácia e o belga está agora a oito pontos do piloto francês. Ainda assim, é o líder da equipa coreana após três provas.
O piloto tem sido de longe um exemplo de consistência esta temporada, com três terceiros lugares em igual número de provas. Por isso, o vencedor da edição de 2018 do Rally de Portugal e segundo classificado de 2019 sabe a importância de bater Ogier este fim de semana, nesta que será a sua primeira aparição em Portugal com o novo navegador Martin Wydaeghe.
“Portugal tem sido sempre um ponto alto do calendário”, afirmou. “O nosso foco é recuperar, depois de um fim de semana complicado na Croácia que não foi exemplo. Os troços portugueses são geralmente suaves e com terra solta, o que pode ser bastante duro nas segundas passagens, à medida que os pisos forem ficando mais mexidos.”
Quanto a Ott Tänak, venceu o último Rally de Portugal, em 2019 (a primeira vitória para a Toyota em Portugal desde o sucesso de Didier Auriol em 2002), no seu caminho rumo ao título desse ano. Encontrando-se agora numa situação ligeiramente diferente, o estónio precisa de um bom resultado no domingo para continuar a perseguir o trio que lidera o campeonato. Um fator motivacional é o facto de ter dominado o evento em 2019, desde a terceira especial até ao cair do pano.
Depois da mudança para a equipa da Hyundai no início da temporada de 2020, um forte acidente no Monte-Carlo de 2021 assinalou um início de época longe do ideal. No entanto, o piloto acabaria por levar o seu Hyundai i20 Coupé WRC à vitória na Finlândia e terminar em quarto na Croácia, o que lhe garante a quarta posição do campeonato.
Já o espanhol Dani Sordo volta à ação para pilotar o terceiro i20 WRC do construtor coreano. O piloto iniciou a época com um quinto lugar no Monte-Carlo, mas foi substituído pelo irlandês Craig Breen na Finlândia e na Croácia. Sordo contabiliza um registo impressionante em Portugal: terminou em terceiro em quatro ocasiões (2007, 2009, 2010 e 2017) e liderou as duas primeiras especiais em 2019. Carlos del Barrio foi o navegador de Sordo no Monte-Carlo, mas foi substituído por Borja Rozada, com quem se apresenta em Portugal.
“Nos anos anteriores, aproveitei sempre a motivação extra dada pelo muito público”, afirmou Dani Sordo, que acrescenta: “É improvável que se verifique o mesmo este ano, mas estou satisfeito por ter a oportunidade de voltar a competir.”
A M-Sport Ford WRT não beneficiou de um dos melhores começos de temporada. Teemu Suninen mostrou andamento antes do acidente em Monte-Carlo e terminou as duas rondas seguintes em 8º e 10º, respetivamente.
Gus Greensmith tem sido consistente, assegurando um oitavo, nono e sétimo lugares nos três primeiros ralis, mas a equipa tem estado uns furos abaixo das suas rivais de fábrica.
Portugal será o segundo rali de Greensmith com o experiente navegador Chris Patterson. Foi nesta prova que se estreou num WRC, em 2019, e para esta edição tem feito exercício de bicicleta em sauna para melhor se adaptar às condições da prova. Em paralelo, a M-Sport realizou também testes em pisos de terra na sua preparação para este rali.
“Eu defino sempre objetivos e penso que um top cinco é realista”, comentou Greensmith. “Para alcançar um top cinco neste nível, tudo tem de correr na perfeição e eu não posso cometer qualquer erro, é esse o objetivo.”
Por seu lado, Teemu Suninen vai integrar a categoria WRC2 este fim de semana, por isso Greensmith irá juntar forças com o talentoso francês de 26 anos, Adrien Fourmaux, nos dois WRC da equipa. Fourmaux terminou em nono no Monte-Carlo e quinto na Croácia e está ávido por impressionar na sua estreia no Rally de Portugal, uma vez que venceu cinco especiais ao volante do seu Ford Fiesta Rally2 no Rali Terras D’Aboboreira de 2020, prova do Campeoanto Portugal de Ralis.
“Estive aqui apenas como espectador em 2019. Esta será a primeira vez que vou disputar este rali e sei que vai ser um enorme desafio”, confessou o francês. “Como forma de preparação, visionei muitos vídeos das últimas edições da prova no WRC Plus.”
A completar o top 10 dos World Rally Car está o francês Pierre-Louis Loubet, que assume o quarto Hyundai i20 inscrito pela Hyundai 2C Competition.
Quinta-feira
O tradicional Shakedown de 4.6 km está novamente sedeado em Paredes, com a ação a ter início na quinta-feira de manhã, com os pilotos P1 a rodarem no traçado entre as 09:01 e as 10:30. Um trajeto em que a secção final da trajeto termina perto do Kartódromo de Baltar.
Sucedem-se os P2, P3, P4 e as equipas Não-Prioritárias, com os concorrentes a seguirem posteriormente para a cidade de Coimbra, local onde se realiza a cerimónia de partida, na quinta-feira à noite, às 20:30.
2021 Campeonato do Mundo de Ralis FIA, Pilotos – classificação após 3 provas:
1. Sébastien Ogier (FRA) 61pts
2. Thierry Neuville (BEL) 53pts
3. Elfyn Evans (GBR) 51pts
4. Ott Tänak (EST) 40pts
5. Kalle Rovanperä (FIN) 39pts
6. Craig Breen (IRL) 24pts
6. Takamoto Katsuta (JPN) 24pts
8. Adrien Fourmaux (FRA) 12pts
8. Gus Greensmith (GBR) 12pts
10. Dani Sordo (ESP) 11pts, etc
2021 - Campeonato do Mundo de Ralis FIA, Construtores – classificação após 3 provas:
1. Toyota Gazoo Racing WRT 138pts
2. Hyundai Shell Mobis WRT 111pts
3. M-Sport Ford WRT 42pts
4. Hyundai 2C Competition 28pts
Aquela que promete ser uma das temporadas mais emocionantes da história do Campeonato do Mundo de Ralis vê entrar em cena, este fim de semana, a 54ª edição do Vodafone Rally de Portugal.
A quarta ronda do calendário é marcada por grandes duelos esperados nas várias categorias, mas as atenções principais centram-se na disputa pela liderança do Campeonato de Pilotos, onde 22 pontos separam os cinco primeiros classificados.
Sébastien Ogier, atual sete vezes Campeão do Mundo de Ralis, assegurou o seu último título em 2020, ano em que a prova portuguesa foi cancelada devido à crise provocada pela Covid-19. O piloto francês completou os reconhecimentos das 20 especiais de classificação e apresenta-se na cerimónia de partida em Coimbra, na quinta-feira à noite, com oito pontos de vantagem no campeonato, graças a uma vitória sofrida na terceira prova da época, na Croácia.
Ogier venceu em Portugal em 2010 (a sua primeira vitória no WRC), 2011, 2013, 2014 e 2017 e um triunfo no domingo significaria ultrapassar o finlandês Markku Alén, piloto com quem partilha o recorde de cinco vitórias em Portugal. Com previsões meteorológicas de sol e tempo quente para grande parte do fim de semana, as posições de partida na estada podem tornar-se um fator decisivo devido ao pó e Ogier sabe que não vai ser fácil alcançar a cobiçada sexta vitória.
O piloto da Toyota afirmou: “É fantástico estar de volta a Portugal. Para mim, é um dos ralis mais especiais. Sabemos que ao abrirmos a estrada vamos encontrar condições difíceis. Não tenho ainda muitos quilómetros com os novos pneus de terra da Pirelli (Scorpion KX) em condições de piso seco e sabemos que uma boa escolha e gestão dos pneus serão uma parte importante deste rali.”
A Toyota Gazoo Racing WRT tem atualmente vantagem sobre a Hyundai Shell Mobis WRT na luta pelo título de Construtores. Apenas 27 pontos separam as duas equipas, mas a Toyota está confiante em poder ampliar essa diferença, contando para isso do seu lado com um Elfyn Evans em forma e com o jovem Kalle Rovanperä, ambos na luta pelo título de pilotos.
Na Croácia, uma saída larga numa curva durante a última especial terá custado a vitória a Evans, com o galês a estar agora a 10 pontos de Ogier na entrada para a ronda portuguesa. “Já passou algum tempo desde o meu último rali em terra, na Sardenha, na época passada”, afirmou Evans. “Por isso, é difícil prever como será.”
Rovanperä mostrou-se em plena forma no Monte-Carlo e no Rali do Ártico, onde acabou em quarto e segundo, respetivamente, mas um abandono na Croácia fê-lo cair para quinto da classificação geral. Para reverter essa posição, o piloto irá certamente inspirar-se na grande prestação que o levou ao sexto lugar da geral na edição de 2019 da prova portuguesa, na altura disputada ao volante de um Skoda inscrito na categoria WRC2 Pro.
O pacote aerodinâmico do Yaris WRC foi atualizado após a Croácia e um novo motor introduzido para Portugal, com melhorias ao nível da potência e fiabilidade. O japonês Takamoto Katsuta vai conduzir um quarto carro como parte do programa de desenvolvimento em curso da Toyota Gazoo Racing WRT.
O atual diretor desportivo Jari-Matti Latvala era piloto da equipa quando a comitiva do WRC visitou pela última vez o Norte de Portugal, em 2019, edição que terminou em sétimo da geral.
Tendo em conta a sua experiência como piloto, o finlandês comentou: “Depois do nosso bom resultado no asfalto na Croácia, estamos prontos para o primeiro de uma sequência de ralis em terra. Nesta prova, a terra solta na superfície das especiais pode tornar os troços mais escorregadios para os primeiros carros da manhã. Na parte da tarde, o grip é mais elevado, mas também pode ser demasiado agressivo e temos visto o quão desafiante estas condições se podem revelar para os carros e para os pneus.”
Por sua vez, na Hyundai, Thierry Neuville não conseguiu apanhar Ogier nos derradeiros quilómetros da Croácia e o belga está agora a oito pontos do piloto francês. Ainda assim, é o líder da equipa coreana após três provas.
O piloto tem sido de longe um exemplo de consistência esta temporada, com três terceiros lugares em igual número de provas. Por isso, o vencedor da edição de 2018 do Rally de Portugal e segundo classificado de 2019 sabe a importância de bater Ogier este fim de semana, nesta que será a sua primeira aparição em Portugal com o novo navegador Martin Wydaeghe.
“Portugal tem sido sempre um ponto alto do calendário”, afirmou. “O nosso foco é recuperar, depois de um fim de semana complicado na Croácia que não foi exemplo. Os troços portugueses são geralmente suaves e com terra solta, o que pode ser bastante duro nas segundas passagens, à medida que os pisos forem ficando mais mexidos.”
Quanto a Ott Tänak, venceu o último Rally de Portugal, em 2019 (a primeira vitória para a Toyota em Portugal desde o sucesso de Didier Auriol em 2002), no seu caminho rumo ao título desse ano. Encontrando-se agora numa situação ligeiramente diferente, o estónio precisa de um bom resultado no domingo para continuar a perseguir o trio que lidera o campeonato. Um fator motivacional é o facto de ter dominado o evento em 2019, desde a terceira especial até ao cair do pano.
Depois da mudança para a equipa da Hyundai no início da temporada de 2020, um forte acidente no Monte-Carlo de 2021 assinalou um início de época longe do ideal. No entanto, o piloto acabaria por levar o seu Hyundai i20 Coupé WRC à vitória na Finlândia e terminar em quarto na Croácia, o que lhe garante a quarta posição do campeonato.
Já o espanhol Dani Sordo volta à ação para pilotar o terceiro i20 WRC do construtor coreano. O piloto iniciou a época com um quinto lugar no Monte-Carlo, mas foi substituído pelo irlandês Craig Breen na Finlândia e na Croácia. Sordo contabiliza um registo impressionante em Portugal: terminou em terceiro em quatro ocasiões (2007, 2009, 2010 e 2017) e liderou as duas primeiras especiais em 2019. Carlos del Barrio foi o navegador de Sordo no Monte-Carlo, mas foi substituído por Borja Rozada, com quem se apresenta em Portugal.
“Nos anos anteriores, aproveitei sempre a motivação extra dada pelo muito público”, afirmou Dani Sordo, que acrescenta: “É improvável que se verifique o mesmo este ano, mas estou satisfeito por ter a oportunidade de voltar a competir.”
A M-Sport Ford WRT não beneficiou de um dos melhores começos de temporada. Teemu Suninen mostrou andamento antes do acidente em Monte-Carlo e terminou as duas rondas seguintes em 8º e 10º, respetivamente.
Gus Greensmith tem sido consistente, assegurando um oitavo, nono e sétimo lugares nos três primeiros ralis, mas a equipa tem estado uns furos abaixo das suas rivais de fábrica.
Portugal será o segundo rali de Greensmith com o experiente navegador Chris Patterson. Foi nesta prova que se estreou num WRC, em 2019, e para esta edição tem feito exercício de bicicleta em sauna para melhor se adaptar às condições da prova. Em paralelo, a M-Sport realizou também testes em pisos de terra na sua preparação para este rali.
“Eu defino sempre objetivos e penso que um top cinco é realista”, comentou Greensmith. “Para alcançar um top cinco neste nível, tudo tem de correr na perfeição e eu não posso cometer qualquer erro, é esse o objetivo.”
Por seu lado, Teemu Suninen vai integrar a categoria WRC2 este fim de semana, por isso Greensmith irá juntar forças com o talentoso francês de 26 anos, Adrien Fourmaux, nos dois WRC da equipa. Fourmaux terminou em nono no Monte-Carlo e quinto na Croácia e está ávido por impressionar na sua estreia no Rally de Portugal, uma vez que venceu cinco especiais ao volante do seu Ford Fiesta Rally2 no Rali Terras D’Aboboreira de 2020, prova do Campeoanto Portugal de Ralis.
“Estive aqui apenas como espectador em 2019. Esta será a primeira vez que vou disputar este rali e sei que vai ser um enorme desafio”, confessou o francês. “Como forma de preparação, visionei muitos vídeos das últimas edições da prova no WRC Plus.”
A completar o top 10 dos World Rally Car está o francês Pierre-Louis Loubet, que assume o quarto Hyundai i20 inscrito pela Hyundai 2C Competition.
Quinta-feira
O tradicional Shakedown de 4.6 km está novamente sedeado em Paredes, com a ação a ter início na quinta-feira de manhã, com os pilotos P1 a rodarem no traçado entre as 09:01 e as 10:30. Um trajeto em que a secção final da trajeto termina perto do Kartódromo de Baltar.
Sucedem-se os P2, P3, P4 e as equipas Não-Prioritárias, com os concorrentes a seguirem posteriormente para a cidade de Coimbra, local onde se realiza a cerimónia de partida, na quinta-feira à noite, às 20:30.